O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, orgulhosamente, publica as Estatísticas do Século XX com dados históricos sobre a realidade socioeconômica brasileira que se consolidou ao longo do último século.
Reunidas numa obra composta por um volume impresso acompanhado de um CD-ROM, que contém mais de 16 000 arquivos com tabelas e séries históricas, essas informações são provenientes do próprio IBGE e de outros órgãos do Governo Federal e foram selecionadas dos Anuários Estatísticos e das Estatísticas Históricas do Brasil. São informações estatísticas que retratam as transformações ocorridas na demografia, educação, cultura, saúde, habitação, sindicalismo, trabalho, rendimento, preços e contas nacionais do País.
Os pesquisadores envolvidos no projeto foram unânimes em constatar que trata-se de um retrato amplo mas descontínuo e, por isso mesmo, coerente com as marchas e contramarchas de um século em que a industrialização e a democracia se consolidaram no Brasil.
Convidados pelo o IBGE, os professores Wanderley Guilherme dos Santos e Marcelo de Paiva Abreu coordenaram os trabalhos de análise da enormidade de estatísticas sociais e econômicas existentes, analisadas e comentadas tematicamente por um grupo de renomados especialistas responsáveis pelos ensaios contidos na publicação.
Com esta iniciativa, pretendemos homenagear aqueles que ajudam a instituição a cumprir a sua missão de “retratar o Brasil com as informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania”. Entre estes, queremos especialmente destacar o Professor Celso Furtado, pelos importantes trabalhos dedicados à investigação dos problemas brasileiros e seu subdesenvolvimento. Sua obra contribui permanentemente para que a sociedade brasileira preste atenção ao estudo da nossa realidade, passada e presente, e assuma o propósito de construir um futuro com menos desigualdades sociais. Tudo isso, inegavelmente, aproxima o economista, professor, ministro e cidadão brasileiro Celso Monteiro Furtado do IBGE.
Hoje, passados 67 anos desde a criação do IBGE, acreditamos que a produção de estatísticas no Brasil situa-se num patamar equivalente ao dos países mais desenvolvidos. No entanto, sabemos que ainda precisamos avançar muito. E este é o desafio para o Século XXI.
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